Há ocasiões em que me acho poeta. Isso depende da qualidade que vejo naquilo que escrevo. E quando isso acontece (tenho curiosidade de saber de outros poetas se o mesmo lhes acontece), sinto que não estou sozinho, que há uma coautoria, e um dos autores é colaboração do plano invisível.
Toda vez que me visita a inspiração,
sinto-me leve, a voar, fazendo rima.
Busco um poema no céu da perfeição,
onde deixou um anjo bom a obra-prima.
Um coautor, eu me surpreendo com a obra...
Um poeta invisível só não assina.
Meu corpo é parte de celestial manobra
que a uma alma um dom maior lhe determina.
A intenção de transformar tudo em poema
não vem de mim, talvez de Deus, vem lá de cima.
É como alguém dentro de mim criando um lema:
"Sentiu vontade? Vai escrever! Não se reprima!"
E assim escrevo tudo, sobre tudo, qualquer tema
até que o dom o universo me suprima.
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