sábado, 12 de julho de 2025

Sina de poeta

 


Há ocasiões em que me acho poeta. Isso depende da qualidade que vejo naquilo que escrevo. E quando isso acontece (tenho curiosidade de saber de outros poetas se o mesmo lhes acontece), sinto que não estou sozinho, que há uma coautoria, e um dos autores é colaboração do plano invisível.


Toda vez que me visita a inspiração,

sinto-me leve, a voar, fazendo rima.

Busco um poema no céu da perfeição,

onde deixou um anjo bom a obra-prima.


Um coautor, eu me surpreendo com a obra...

Um poeta invisível só não assina.

Meu corpo é parte de celestial manobra

que a uma alma um dom maior lhe determina.


A intenção de transformar tudo em poema

não vem de mim, talvez de Deus, vem lá de cima.

É como alguém dentro de mim criando um lema:


"Sentiu vontade? Vai escrever! Não se reprima!"

E assim escrevo tudo, sobre tudo, qualquer tema

até que o dom o universo me suprima.



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