Ah!
O nosso amor quase perfeito...
De
ontem, hoje e sempre, o amor de agora,
Da
mesma forma, o amor de toda hora,
Que
acerta, e erra, e nunca toma jeito!
Ah!
Que amor é esse inesquecível,
Que
a gente se esquece de cuidar,
Que lhe falta zelo , e resiste a terminar,
E
torna a distância incompreensível ?
Ah!
O nosso amor cheio de extremos!
Tão
ferido de palavras! Tão magoado!
De
palavras de amor cicatrizado,
E que dói pelo que ainda não vivemos.
Ah!
Que amor é esse que não para,
Que
vai, e vem, e vai, livre e cativo,
Que
faz sofrer assim por vão motivo,
E que também nos reanima, alegra e sara?
Ah! O nosso amor quase perfeito...
Que chama, acende, apaga, exclui,
convida,
Que assim amadurece com a vida...
E quem se arrisca a do amor ter um conceito?
Ah! Que amor é esse resistente ?
Que luta contra a nossa natureza,
Que vive e sobrevive na certeza
De que um não pode estar do outro
ausente!